Na sua intervenção, o Terapeuta Ocupacional usa o brincar como estratégia facilitadora de um desenvolvimento ocupacional satisfatório, objetivando-se com esta estratégia e a utilização de diversas técnicas terapêuticas, que a criança adquira as diversas competências necessárias à sua autonomia. Contudo de uma forma lúdica para que seja para ela mais fácil o trabalho.
Uma área de abordagem da Terapia Ocupacional é a Integração Sensorial que visa a regulação sensorial (propriocetiva, vestibular, tátil, auditiva, visual, olfativa e gustativa) de modo a que o dia-a-dia da criança seja o mais produtivo possível. De facto todos temos alguns tipos de preferências sensoriais, contudo é a frequência, a intensidade, a duração e o impacto funcional no dia-a-dia desses sintomas que determina a disfunção. Crianças com desordens ao nível do processamento sensorial terão dificuldades em regular de forma eficaz todos os estímulos que vão recebendo ao longo do dia, refletindo-se posteriormente no seu comportamento (ex: crianças impulsivas ou demasiado calmas), nos seus movimentos (ex: descoordenadas/ desajeitadas, caindo e tropeçando frequentemente), nas suas capacidades de aprendizagem (ex: dificuldade em concentrar-se), na sua autonomia e na sua relação com os outros. Desta forma uma intervenção com base nesta abordagem será uma mais-valia, na medida que fornecerá os pilares essenciais à funcionalidade e autonomia da criança.
O Terapeuta Ocupacional procura sempre criar possibilidades para que a criança possa realizar aquilo que deseja. Assim pode também utilizar estratégias de compensação de funções, material adaptado (brinquedos adaptados, por exemplo), aconselhamento de produtos de apoio para aumentar e potenciar o desempenho da criança. Desta forma é possível criar possibilidades para a criança experimentar o mundo, realizar aprendizagens sobre o mesmo e por isso ter um desenvolvimento mais rico (e feliz!).
- Daniel Webste -